NOSSA PRODUÇÃO.
A Área Rural do Município de Guaratuba situa-se em meio à um dos poucos resquícios da Mata Atlântica preservada com mais de 100 anos de história.
Aos Pés da Serra do Mar, esta área é uma das maiores produtoras de frutas do Estado do Paraná com destaque para a banana cultivada em aproximadamente 2000 hectares. A fruta é comercializadas principalmente para os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso, Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro.
Os mais de 3000 hectares cultivados são responsáveis atualmente pela produção de banana, palmáceas, maracujá, eucalipto, arroz irrigado, mandioca, pecuária e hortaliças. Toda a produção obedece à rigorosa legislação vigente, assegurando a sustentabilidade dos cultivos. Além disso, a dedicação, o zelo e carinho dos nossos produtores e trabalhadores são traduzidos no inigualável sabor dos nossos produtos que conquistam o paladar dos consumidores mais exigentes do pais.
HISTÓRIA DA ÁREA RURAL DE GUARATUBA
Autora: Denise Lopes Silva Gouveia.
(“Um pouco da história da Ponte do Cubatão - Parte do relato lido na homenagem aos pioneiros que construíram a primeira ponte e abriram as estradas da região. https://www.correiodolitoral.com/22641/noticias/destaque/um-pouco-da-historia-da-ponte-do-cubatao/
“Essa é uma parte da história de Guaratuba nascida oficialmente em 1771, a história de uma localidade rural banhada por um rio chamado Cubatão, que em 1912 recebeu um casal vindo dos Estados Unidos, Réo Bennett e Catarine Bennett, tendo adquirido terrenos à beira do rio Cubatãozinho, onde constuiu sua moradia, usando de uma lancha pequena para chegar à Fazenda e, desbravando matas, iniciou a plantação de bananeiras, trazendo mudas de Santa Catarina, transportadas num barco cujo nome era Erna.
Milhares de mudas da preciosa banana “caturra” chegaram à Fazenda pelo rio Cubatãozinho, foram plantadas e logo produziram. Mas os elevados custos e dificuldades para transportar sua produção não compensavam o investimento, fazendo com que Réo Bennett desistisse do cultivo de bananas.
Montou então uma indústria extrativa de cana-de-açúcar, instalando um grande Engenho movido a vapor, produzindo aguardente e açúcar mascavo, que em 1919 eram vendidos para o comércio de Paranaguá. Conta-se tambpem que conduzia seus produtos aos portos de Santos, São Francisco do Sul, Itajaí e Florianópolis e que chegou a projetar um porto para Guaratuba.
Era um engenheiro ligado a grandes firmas americanas e por muitas vezes afastava-se de sua fazenda para trabalhar em outras cidades. Em 1923 voltou à terra natal em visita aos pais, após longa permanência no Brasil, quando retornou de lá, os guaratubanos lhe ofereceram um baile em alegria pelo regresso e ele agradecendo a homenagem falou: “QUANDO QUER VOLTA DO NORTE AMÉRICA, MEUS PAIS PERGUNTARAM: PORQUE VOLTA PRA BRASIL? E EU RESPONDE: - PORQUE LÁ DEIXA O MEU GUARATUBA.”
Um visionário que se apaixonou por Guaratuba e que entre outras tentativas de melhoria da região, se esforçou para que a Companhia Força e Luz de Curitiba fizesse em Guaratuba sua usina, o que somente aconteceu após sua morte. Ele morreu em 1942.
Em 1952 foram iniciados os estudos para a construção da Usina de Guaricana; em 25 de setembro de 1953 a Cia. Força e Luz obteve a concessão do Governo Federal para iniciar as obras e sua inauguração foi em 1957, sendo adquirida pela Copel quando houve a incorporação da Cia. Força e Luz do Paraná, localizando-se na margem esquerda do rio Arraial, no nosso município, Arraial que é um dos afluentes do rio Cubatão.
(...) Na década de 50, nosso ilustre Joaquim da Silva Mafra escreveu: “As terras deste município são por demais conhecidas pela excelência de sua fertilidade e nela desenvolvem-se admiravelmente o arroz, a cana-de-açúcar e o milho que constituem a sua principal cultura, bem como a mandioca, a batata, o feijão, o café, a laranja, o abacate, a goiaba e a banana. Também a pecuária tem o seu lugar reservado no Município, onde é exercida em pequena escala, sendo muito apropriadas para essa indústria as terras do Cubatão, Rasgado, Cubatãozinho, Limeira, etc.”
E prossegue: “No dia em que esses povoados forem cortados por estradas, teremos nessa pequena região, um celeiro agropecuário, com influências benéficas no desenvolvimento econômico do Estado.”
(...) Em 1947 a comunidade que estava organizada e construindo a estrada, teve apoio do governo e em 24 de agosto de 1948, o povo de Guaratuba assistiu pela primeira vez em sua história a chegada, via direta, de um carro governamental, seguido de uma comitiva, sendo que em 27 de maio de 1950 foi inaugurada a estrada pronta, passando por Santa Catarina. E naquele dia, num almoço oferecido ao Governador Moyses Lupion, ele desejou promissor futuro a nossa terra e arrematou: agora podemos dizer: GUARATUBA, LEVANTA-TE E ANDA! (...)”